O meio ambiente grita por nós!

Que a gente tem dificuldade de adaptar as mudanças, já tá todo mundo careca de saber. Se fôssemos fáceis, os preconceitos não existiriam, faríamos muito mais amigos, viajaríamos, mudaríamos, estaríamos livres de muitas amarras colocadas em nós.

Tenho ouvido exaustivamente reclamações em relação a nova lei da proibição das sacolinhas de plástico. As vezes eu tenho ímpeto de entrar em uma discussão calorosa e demonstrar o meu ponto, porém, se eu penso, logo desisto. Não adianta me debater para fazer com que as outras pessoas mudem de ideia. Parece que não é vergonha matar, roubar,mentir, mas, é vergonha das grandes quem muda de ideia.

Eu penso, “ será que a proibição das sacolinhas de plástico é a melhor solução para o meio ambiente?” , é claro que a resposta é não. Não é a melhor, pois ainda somos poluidores em massa. Não é a melhor, por que ela apenas remedia, não nos ensina a sermos conscientes. Consumimos muito mais do que precisamos. Vamos a praia fazer uma “ farofada” e deixamos todo o lixo por lá para a natureza dar o seu destino. Ainda não aprendemos o que é a carona. Tudo bem, o transporte coletivo de São Paulo é caótico ( tudo é caótico), mas, quantas vezes você já não viu inúmeras pessoas saindo do mesmo lugar e indo para o mesmo destino em seus carros sozinhos? Eu tenho vontade de matar o cidadão.

Então, é claro que a proibição da sacolinha, está longe de ser a nossa saída mais inteligente. Até por que, há quanto tempo se discute isso? Há quanto tempo, temos a noticia dessa proibição? No mínimo, um ano. Quantos de nós tirou a nossa bundinha da cadeira, para fazer alguma diferença? Continuamos indo no mercado comprar uma caixa de cotonete e saindo de lá com uma sacolinha com a desculpa esfarrapada “ é para o lixo lá de casa”. Continuamos compartilhando no facebook mensagens super informativas dizendo “ o Governo defende os mais ricos” ou “ o Supermercado quer me cobrar pela sacolinha agora”, ou, pior ainda “ onde é que vou jogar o meu lixo agora?”. E ai é o ponto que mais me causa indignação:

Para eliminarmos o nosso lixo, precisamos fabricar mais lixo, eu não sei se alguém já parou pra pensar no tamanho do absurdo que é isso.

 Não, nós não vamos mudar certas ações arraigadas em nossas mentes. Não, não vamos diminuir a emissão de descartáveis em nossas casas com atitudes simples, por que, mesmo que o governo de São Paulo recicle apenas 1% do lixo, continua sendo obrigação única e exclusiva dos governantes deixar um meio ambiente mais saudável para nós, nossos filhos, netos e etc. Não, nós não vamos pesquisar outras formas de sobreviver sem a sacola plástica, é muito mais engraçado e confortável ficar sentado reclamando e compartilhando asneiras no facebook.

Cometemos o absurdo de ter uma sacola de mercado em cada lixeira da nossa casa, ok. Ai, quando o seu lixo está cheio, o que você faz? Pega essa sacola, tira, dá um nó e joga dentro do saco de lixo preto ( e quando eu vejo isso, tenho vontade de ter uma síncope). Assim, sem parar pra pensar que, de repente, NO MÍNIMO, você poderia pegar o lixo e revirar tudo dentro do saco de lixo preto, economizando algumas sacolas.

Vamos fazer as contas: Vamos supor que haja 2 banheiros na sua casa mais o lixo da cozinha, totalizando 3 lixeirinhas. Cada uma com uma sacola, vamos supor que você troque o lixo duas vezes por semana. No final de uma semana você já usou 6 sacolas, o que totaliza no final do mês 24 sacolas ( isso chutando beeem baixo). O tempo de decomposição dessas belezinhas varia de 30 a 40 anos. Então, só ai você já provavelmente atingiu o seu futuro filho que ainda nem imaginou que vai nascer.

Se, você ao invés de trocar a sacola do lixo, toda vez que for tirá-lo, apenas despejar o lixo produzido no saco preto, o seu consumo mensal já cai para 3 sacolas, o que é um avanço.

Podemos ir mais longe ainda e facilitar a sua vida. Por que ao invés de usar as benditas sacolas plásticas no seu lixo, que tal usar uma alternativa muito mais limpa e sustentável, o bom e velho JORNAL. Quem é que disse que o bom e velho jornal em papel não tem mais utilidade nenhuma? Nesse link aqui verdade verde no preto eles ensinam a fazer sacos de lixo de papel. Assim, além de você ficar bem informada você ainda ajuda o meio ambiente. O papel tem o tempo de decomposição variando de 3 a 6 meses, somando-se ao fato de que você não tá comprando papel para fazer do seu lixo, você apenas pegou algo que não tem mais utilidade e transformou. Transformar é o grande verbo nos dias atuais.

A proibição das sacolas, não é a forma mais inteligente de melhorar o meio ambiente. A melhor forma de cuidar do nosso presente e futuro continua sendo a educação. Aquela que nos ensina a não usar mais do que precisamos, ou de pensar nas inúmeras possibilidades que nós temos. A proibição das sacolas ( assim, como a maioria das Leis que nós temos) é uma resposta a nossa incapacidade de viver em liberdade sem restrições. Quando, os outros deixam que a gente faça qualquer coisa, agimos de forma inconsequente por que tudo é permitido. Ser livre é muito mais do que não ter regras, ser livre é saber o momento exato de mudar. E é disso que nós estamos precisando. Pegue esta proibição e, ao invés de reclamar ou criar teses conspiratórias pesquise novas formas, mude aqueles hábitos que não trazem benefícios e evolua. Nunca é tarde demais para mudanças, para melhorias e para a evolução!

Think about it =)

A vida moderna

E eis que após quatro anos de namoro, lá vou eu em direção ao altar =). No dia 02 de junho, eu me caso com aquele que era o meu melhor amigo no colégio. Sabe aquele amigo que é implicância pura? Vocês passam mais tempo brigando, se desentendendo, implicando um com o outro, mas no fundo, vocês se amam? Poisé, é o nosso caso.

Como o namoro evoluiu de uma amizade muito forte, eu e o sortudo em questão sempre fomos muito parceiros. A gente já conhecia de longa data os defeitos um do outro e as diferenças que eram muitas sempre foram contornadas. A gente bateu a cabeça para aprender, mas quando descobriu a formula que não é nada mágica, o negocio foi que foi.

Um desses defeitos era a minha total falta de aptidao para a vida doméstica. Eu não sei cozinhar, não sei, não gosto e não quero aprender. Eu sou desorganizada, o meu quarto parece um campo de guerra e eu nao tenho a capacidade de devolver as coisas para o lugar em que as encontrei. Eu não tenho lá muita paciência, quero tudo para ontem, sou ansiosa, sou nervosa. Nunca quis ser dona de casa, nunca quis, e nem tenho vontade. Não sei lavar roupas, nem passar, nem varrer, enfim, sou péssima para essas coisas. O meu modelo de ter a minha própria casa ( solteira ou casada) foi sempre ter muitos congelados na geladeira, coisas faceis de preparar e uma OTIMA empregada doméstica, afinal, minha gente esse é um mercado que está se aprimorando cada vez mais. Esse negócio da mulher que gosta de se confundir entre esposa/dona de casa/ mãe do namorado/ marido, sempre me arrepiou ( credo cruzes tres vezes).
Vejam bem, nao sou nenhuma namorada desnaturada. De vez em quando eu posso preparar uma comidinha, fazer um agrado, perfumar o quarto, mas, por vontade e não por obrigação. Logo, eu sempre precisei de um companheiro que entendesse esse meu lado e que não quisesse cobrar de mim algo que além de não querer proporcionar eu não ia poder.

E não tem nada que me irrite mais do que agora, na véspera do casamento, escutar de conhecida/amiga/vizinha/e o diabo a quatro, " você nao sabe fazer arroz?...nooooossa,coitado do Bruno". E ai eu revezo nas minhas respostas, as vezes eu só dou um sorrisinho para acabar logo com o assunto e não ser grossa ( na verdade, o povo é que é muito sensível), ou, quando eu to num dia afim de uma discussão, meto logo um " coitado pq minha cara? é um casamento ou um contrato de emprego? Você nao tá vendo o tamanho dele? 1,93 de pura gostosura, saudável, esperto e super inteligente, capaz até de fazer arroz" ...!
Ah, me poupe né minha gente. É meio inadmissível no século 21, as mulheres ainda acharem que para casar, tem que ser igual a mãe/vó/bisavó. Enfrentar uma jornada de trabalho de 8 horas ou mais, ter filho para cuidar e, ainda por cima cuidar de um bebezão gigante que ao invés de evoluir vai ficando cada vez mais gordo e retardado jogado em cima do sofa com a barriga tão grande que dá para equilibrar a latinha de cerveja.

A minha visão de casamento é outra, totalmente outra. O casal se conhece, se apaixona, namora, convive com os defeitos e qualidades e ai resolve se casar. O casamento é para ser beeeeem clichê mesmo " somar as alegrias e dividir as tristezas". Um tem que ser companheiro do outro, tem que tá do lado, tem que dar força, tem que torcer pelas realizações do amado, tem que exigir que o outro se baste, cresça, evolua, tenha os seus próprios interesses, para ter sempre aquela vontade de melhorar, crescer, financeiramente, espiritualmente, emocionalmente. Uma pessoa que se ama acima de tudo é muito mais capaz de proporcionar amor ao outro. Ela não está ali por carência, ou pq não consegue nada melhor, ou pq já esta casada com um traste por 20 anos e agora se encontra sem nenhuma perspectiva, acabada, perdida e, por isso escolhe em ser infeliz na maior parte do seu tempo pelo resto da vida.
Um casamento feliz e interessante para mim é aquele em que os dois sentam para jantar depois de um dia cansativo e o assunto envolva ambos. Ela conta o seu dia, ele conta o dia dele e rola aquele orgulho da outra pessoa. Um casamento de verdade para mim, é aquele em que o jantar é feito com as tarefas divididas, ele cozinha, eu lavo. Os dois vão juntos ao mercado, afinal, eu não sou a única pessoa que precisa ser alimentada na casa e nada melhor do que a propria pessoa para saber o que levar do mercado.
Dividem as contas, os problemas e vibram juntos por cada vitória alcançada. Ninguém tem que carregar ninguem, já que cada um sabe andar com as suas proprias pernas.
Inclusive, eu acredito que isso faça mais bem para a mulher do que para o homem. Mulher que se sente poderosa, se arruma, passa batom, se perfuma, investe numa lingerie bonita e dorme pelada ou com um pijama legal ( e não com camisa de verador).

E, assim que o meu noivo ( e é tao estranho chamar de noivo) e eu decidimos nos casar, já sabíamos de tudo isso. Ele sempre soube que eu não quero ter filhos por exemplo. Que eu não gosto de cozinhar, lavar, passar e fazer qualquer outra coisa. De cozinhar ele gosta, entao o trato é: Ele cozinha e eu lavo. De arrumar a casa, nenhum dos dois gosta ( e tirando a Mônica do Friends, quem é que gosta?), lavar, passar aquelas roupas sociais infernais dele são tarefas que podem passar bem longe de mim, solução? Diarista que não é a mesma coisa do que esposa. Ele já sabia de tudo isso, e optou por se casar comigo mesmo assim. Eu já conheço todos os defeitos dele, como ser esquecido, ser meio lento para resolver problemas, preguiçoso e tirar a gordura da calabresa na pizza, mas tudo bem, quando a hora chegar, a resposta vai ser: SIM, eu caso, com o Bruno que eu conheci ( um pouco mais aprimorado) e não com qualquer outra coisa que as outras pessoas querem que a gente seja.

E, mulheres, há pouco tempo a gente comemorou o dia das mulheres e ai eu penso " ooh ceus, se, as mulheres que queimaram seus sutians para alcançar a tao sonhada igualdade visse nós agora, com certeza iam se envergonhar". A maioria dos preconceitos que ainda existe, são mantidos por nós mesmas, pq mulher é a primeira a falar " nooossa, fulana cozinha tao mal", ou " nossa, vc viu ciclana? saiu sem o bofe" e por ai vai.

Vamos lá mulheres, igualdade é muito mais do que o direito de poder pegar vários na balada e não ganhar a fama de galinha =)




Beijos
Danielle Menezes